quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Mapa de Sieghard



RELAÇÃO AUTOR-ILUSTRADOR

Foram quase 12 meses de trabalho com o brilhante ilustrador Murilo Braga para se chegar a este resultado, fruto de uma ótima relação entre autores e ilustrador. No início havíamos um esboço feito à mão, com a localização das cidades e elementos geográficos. Mas queríamos mais: queríamos um mapa que realmente desse a impressão de que ele saiu da época dos primórdios da cartografia, quando eles eram feitos à mão por artistas e, de fato, eram muito mais arte que técnica. Através do orkut, mostramos às várias comunidades de desenhistas o que pretendíamos. E eis que a pessoa certa - que segundo ele nunca tinha trabalhado com algo parecido - apareceu em nosso trajeto.

Desde o princípio Murilo Braga se mostrou muito solícito em querer nos agradar. Enviamos a ele mapas antigos e oficiais de várias partes do globo. Gradualmente, nosso ilustrador nos enviava o progresso da ilustração. Foi então que, quando menos se esperava, depois de 5 meses de conversas, o resultado final não ficou bom. Nós autores ficamos muito desapontados e o pior de tudo, o mapa havia sido feito à mão. Não tinha volta.

Destinado a querer consertar o que foi feito, Murilo Braga nos disse que ia recomeçar do zero. Dito e feito. Após praticamente 1 ano trabalhando com ele, o resultado é este que vocês leitores vêem: uma obra de arte.

EXPLICANDO O MAPA DE SIEGHARD

Primeiramente, nenhum nome que está neste mapa foi tirado de nossas mentes, nem mesmo os que possuem nomes aparentemente sem nenhum significado (exceto Askalor, que foi uma sugestão de R.M.Pavani). Todos eles foram tirados de nomes já conhecidos, em várias línguas diferentes, e com significados diversos. Alguns estão em sua forma original, como Bogdana, e outros possuem algumas variações, como Salácia. O significado destes nomes e seu uso na obra estão intimamente relacionadas, dando ao leitor curioso, mais dados para desvendar Sieghard. (clique aqui para saber mais)

Sieghard é dividido em províncias (nomes maiores) que são normalmente delimitadas por acidentes geográficos. Além do Cinturão das Pedras, estão as Terras-de-Além-Escarpas, que compreendem as terras bárbaras e regiões esquecidas pelo tempo que estão fora do domínio do rei de Sieghard.

No mapa, apenas as cidades principais aparecem. Existem outros vilarejos que não são representados no mapa, como Alteracke e as pequenas vilas de pescadores. A Estrada Real também é representada para mostrar as principais rotas de comércio do reino. Os fortes de fronteira aparecem como o delimitador das províncias.

Fora os nomes, não houve nenhuma base ou inspiração para o formato de Sieghard e a localização das cidades. L.P.Faustini apareceu com a idéia, fruto de uma abstração completamente aleatória, que R.M. Pavani acatou com prazer; que posteriormente foi desenvolvida e adaptada para se adequar à trama. Antes de iniciar a narrativa, foram gastos 2 meses com discussões sobre o mapa e a trama, interligando a história com o que tínhamos em mãos e estabelecendo uma função para cada região.

E lógico, após completarmos o mapa, pedimos uma professora de geografia, Ingrid Tonon, para verificar se existia alguma inconsistência geográfica e pedir conselhos sobre como caracterizar o ambiente de cada província. Pelo resultado, podemos ver que é um esforço que vale a pena.

2 comentários:

Karina disse...

Esse mapa está no livro?

Maretenebrae, um épico por L.P.Faustini e R.M.Pavani disse...

Sim. Este mapa está no livro. Porém em preto e branco.